Os Sete Maridos de Evelyn Hugo: o amor que mudou tudo
Uma estrela de Hollywood revela os segredos por trás de seus sete casamentos e um grande amor proibido que mudou sua vida.
RESUMO DE LIVROS
12/25/20253 min read


Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é um romance que mescla ficção histórica, drama e romance para retratar a vida de uma das maiores estrelas fictícias da Hollywood clássica. A narrativa se estrutura como uma longa entrevista concedida por Evelyn Hugo, uma atriz lendária, reclusa e controversa, à jovem jornalista Monique Grant. Desde o início, o livro estabelece um mistério central: por que Evelyn, conhecida por evitar a imprensa durante décadas, escolheu justamente Monique — uma profissional ainda pouco reconhecida — para contar sua história definitiva?
Evelyn Hugo, agora com mais de 80 anos, decide revelar ao mundo a verdade por trás de sua imagem pública, construída ao longo de décadas de glamour, escândalos e especulações. Nascida Evelyn Herrera, filha de imigrantes cubanos pobres, ela cresce em Nova York consciente de sua beleza e aprende desde cedo que, em uma sociedade machista e elitista, sua aparência pode ser sua maior moeda de troca. Determinada a escapar da miséria, muda-se ainda jovem para Los Angeles, onde inicia sua trajetória no cinema.
Ao longo da entrevista, Evelyn narra cronologicamente sua vida, organizando-a em torno de seus sete casamentos, cada um representando uma fase específica de sua carreira e de sua evolução pessoal. O primeiro marido é Ernie Diaz, com quem se casa apenas para sair da casa do pai e poder se mudar para Hollywood. O casamento é curto e pragmático, sem amor, revelando desde cedo a disposição de Evelyn em usar o matrimônio como ferramenta social.
O segundo marido, Don Adler, é um ator em ascensão que se torna seu parceiro dentro e fora das telas. Embora inicialmente apaixonada, Evelyn se vê presa em um relacionamento abusivo, marcado por violência física e psicológica. Esse casamento evidencia o lado sombrio de Hollywood e a vulnerabilidade das mulheres, mesmo das mais famosas, em uma indústria dominada por homens poderosos.
Com o terceiro marido, Mick Riva, um cantor famoso, Evelyn protagoniza um casamento-relâmpago altamente midiático. A união, planejada como uma jogada de marketing, termina rapidamente e serve para reforçar a imagem pública escandalosa da atriz. Esse episódio demonstra como a mídia e os estúdios manipulavam narrativas para gerar lucro e controlar reputações.
O quarto casamento, com Rex North, também ator, marca um período de estabilidade profissional. A relação é baseada em amizade e conveniência, funcionando como uma parceria estratégica que beneficia ambos em termos de imagem e carreira. Apesar da ausência de amor romântico, esse casamento oferece a Evelyn respeito e segurança dentro do sistema hollywoodiano.
O quinto marido, Harry Cameron, é um produtor influente e um dos personagens mais importantes da história. Harry é o melhor amigo de Evelyn e a pessoa que mais a protege ao longo da vida. O casamento entre eles é um acordo mútuo para encobrir segredos pessoais e atender às exigências da indústria, mas se transforma em uma relação profunda de lealdade, afeto e parceria verdadeira. Harry se torna uma figura central não apenas na carreira de Evelyn, mas também em suas escolhas mais difíceis.
É nesse ponto da narrativa que o maior segredo de Evelyn é revelado: o grande amor de sua vida foi Celia St. James, uma atriz talentosa e sua maior rival profissional. Em uma época em que relacionamentos homoafetivos eram considerados escandalosos e inaceitáveis, Evelyn e Celia vivem um romance intenso, marcado por paixão, conflitos, separações e reconciliações. O relacionamento é constantemente ameaçado pelas pressões da fama, pelo medo da exposição e pelas ambições individuais de ambas.
Os últimos dois casamentos de Evelyn — com Max Girard e Robert Jamison — refletem as tentativas da atriz de conciliar sua vida pessoal com suas escolhas profissionais e afetivas. O casamento com Max, um diretor europeu, surge da ilusão de que a arte poderia substituir o amor, mas termina em frustração. Já o casamento final, com Robert, irmão de Celia, é uma solução trágica e extrema para permanecer próxima da mulher que ama, ao mesmo tempo em que mantém as aparências exigidas pela sociedade.
Paralelamente à história de Evelyn, a vida de Monique Grant também se desenvolve. À medida que a jornalista ouve os relatos, ela passa a questionar suas próprias decisões, seu casamento fracassado e sua identidade profissional. Aos poucos, o motivo pelo qual Evelyn a escolheu é revelado, conectando dramaticamente o passado da atriz ao presente de Monique, em uma reviravolta emocionalmente impactante.
O romance explora temas como ambição, identidade, sexualidade, racismo, machismo, moralidade e o custo das escolhas pessoais. Evelyn Hugo não é retratada como heroína nem vilã, mas como uma mulher complexa, consciente das decisões que tomou e das consequências que elas geraram. Ao final, o livro questiona quem controla a narrativa de uma vida: a opinião pública, a mídia ou a própria pessoa que viveu aquela história.
Com escrita envolvente e estrutura confessional, Os Sete Maridos de Evelyn Hugo revela que, por trás do brilho de Hollywood, existem histórias de amor invisíveis, sacrifícios profundos e verdades que só podem ser contadas quando já não há mais nada a perder.


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